Gabinete do Iêmen

Gabinete do Iêmen refere-se ao órgão governante do Iêmen liderado por Abd Rabbuh Mansur Al-Hadi, que substituiu Ali Abdullah Saleh em 25 de fevereiro de 2012 como o novo Presidente do Iêmen. Ele então selecionou novos membros do governo do Iêmen.

Como parte da Guerra Civil do Iêmen a partir de 2015, a autoridade do gabinete é contestada pelos houthis, que tomaram a capital Saná em uma rebelião armada contra o governo e formaram o Comitê Revolucionário Supremo e o Conselho Político Supremo.

História

Em 2012, depois que Saleh deixou o cargo por causa dos protestos da Primavera Árabe em um plano de transição política apoiado pelas Monarquias do Golfo, Abd-Rabbu Mansour Hadi tornou-se presidente interino e supervisionou um diálogo nacional para redigir uma constituição federal mais inclusiva. Em 2014, os houthis avançaram rapidamente para o sul de Sa'dah e tomaram Saná em 21 de setembro com a ajuda de Saleh. Em 2015, Hadi tentou anunciar uma nova constituição federal. Os houthis, que se opuseram à constituição, prenderam-no e obrigaram-no a renunciar. Ele fugiu para Áden, a segunda cidade mais importante do Iêmen, e declarou-a como a "capital provisória" do país e o seu premier e seu Gabinete ali se instalariam. Também pediu à comunidade internacional para intervir, desencadeando a intervenção da coalizão militar árabe liderada pela Arábia Saudita.[1][2]

Como parte da Batalha de Áden, a cidade e o Palácio al-Maachiq (sede de seu governo) seriam brevemente conquistados pelos houthis, forçando Hadi a fugir do país e exilar-se em Riade, na Arábia Saudita. [3] O primeiro-ministro Khaled Bahah e sete de seus ministros regressariam a Áden, entretanto, após a recaptura da cidade, reinstalando ali o governo.[4]

A resolução 2201 do Conselho de Segurança das Nações Unidas deplorou a ação unilateral dos houthis, enquanto a resolução 2216 reafirmou a legitimidade de Hadi como presidente do Iêmen. Apesar de ser reconhecido internacionalmente como o verdadeiro governo do Iêmen, o governo de Hadi é amplamente considerado como um regime fantoche da Arábia Saudita. [5][6][7][8]

Referências

  1. «Timeline: Yemen's slide into political crisis and war». Reuters. 21 de março de 2019 
  2. «Presidente foge de rebeldes houthis em Áden». ANSA. 25 de março de 2015 
  3. «Presidente do Iémen foge do país». Noticias ao Minuto. 25 de março de 2015 
  4. «Governo do Iêmen no exílio volta a Adén». G1. 16 de setembro de 2015 
  5. «ANALYSIS: Saudi Arabia plays puppet master as Yemen slowly breaks apart». Middle East Eye. 2 de fevereiro de 2018 
  6. «Riyadh enters the fray». The Economist. 28 de março de 2015 
  7. «Detailing America's role in the world's worst crisis with Shireen Al-Adeimi: podcast & transcript». NBC. 14 de setembro de 2018 
  8. «U.S. Support for the Saudi War on Yemen». The National Interest. 18 de dezembro de 2018 
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