Diogo Botelho

Diogo Botelho
Nascimento Montijo
[edite no Wikidata]

Diogo Botelho (Aldeia Galega do Ribatejo, Montijo - São Salvador da Bahia, séculos XVI e XVII), foi o oitavo governador geral do Brasil.

Biografia

Diogo Botelho, membro da primeira nobreza portuguesa, chegou a Salvador em 12 de maio de 1602, enviado pelo rei espanhol, Felipe III, para assumir o cargo de governador geral do Brasil. Segundo frei Vicente do Salvador [1], essa nomeação só se tornou possível depois do casamento de Diogo Botelho com uma irmã de Pedro Álvares Pereira, secretário da Corte dos Habsburgos, Maria Pereira, filha de Nuno Álvares Pereira de Morais e de Isabel de Mariz.

Com a morte de D. Sebastião, na batalha de Alcácer Quibir (1578), a coroa portuguesa foi reclamada por Felipe II da Espanha que, sem conseguir ter suas pretensões atendidas pacificamente, invadiu e dominou Portugal, dando início à chamada "União Ibérica", que duraria 60 anos. No calor da disputa sucessória, um dos rivais do rei espanhol foi D. Antônio, prior do Crato e primo de D. Sebastião. Filho de cristã-nova, D. Antônio conseguiu reunir um pequeno séquito, no qual Diogo Botelho e o Conde de Vimioso eram os seus principais apoiantes.

Diogo Botelho manteve-se ao lado de D. Antônio até a sua morte, em 1595. Posteriormente, graças ao casamento arranjado e à reconciliação com os Habsburgos, obteve a nomeação para o governo geral do Brasil.

A sua passagem pelo cargo foi marcada pela campanha contra os temidos aimorése pelo apoio aos jesuítas.

Ver também

Referências

  1. Vicente do Salvador. História do Brasil, 1627

Bibliografia

  • Hermann, J. No reino do desejado. São Paulo: Companhia das Letras, 1998
  • Vainfas, Ronaldo (direção). Dicionário do Brasil Colonial: 1500 - 1808. Rio de Janeiro: Ed. Objetiva, 2000


  • v
  • d
  • e

Tomé de Sousa Duarte da Costa Mem de Sá Luís de Brito e Almeida António Salema Lourenço da Veiga Junta Governativa: Cosme Rangel de Macedo - António Barreiros Manuel Teles Barreto Junta Governativa: António Barreiros - Cristóvão de Barros - António Coelho de Aguiar • Francisco de Sousa Diogo Botelho • Diogo de Meneses e Sequeira • Francisco de Sousa Gaspar de Sousa Luís de Sousa Diogo de Mendonça Furtado Matias de Albuquerque Francisco de Moura Rolim Diogo Luís de Oliveira Pedro da Silva Fernando de Mascarenhas Vasco de Mascarenhas Jorge de Mascarenhas Junta Governativa Provisória: Pedro da Silva Sampaio - Luís Barbalho Bezerra - Lourenço de Brito • António Teles da Silva António Teles de Meneses João Rodrigues de Vasconcelos e Sousa Jerónimo de Ataíde Francisco Barreto de Meneses Vasco de Mascarenhas Alexandre de Sousa Freire • Afonso Furtado de Castro do Rio de Mendonça Junta governativa provisória: Agostinho de Azevedo Monteiro - Álvaro de Azevedo - Antônio Guedes de Brito Roque da Costa Barreto • António de Sousa Meneses António Luís de Sousa Matias da Cunha Junta governativa: Manuel da Ressurreição - Manuel Carneiro de Sá • António Luís Coutinho da Câmara João de Lencastre Rodrigo da Costa Luís César de Meneses Lourenço de Almada Pedro de Vasconcelos e Sousa Pedro Antônio de Noronha Sancho de Faro e Sousa Junta governativa provisória: Sebastião Monteiro da Vide - Caetano de Brito e Figueiredo - João de Araújo e Azevedo • Vasco Fernandes César de Meneses André de Melo e Castro Luís Pedro Peregrino de Carvalho e Ataíde Junta governativa provisória: José Botelho de Matos - Manuel António da Cunha Souto Maior - Lourenço Monteiro • Marcos José de Noronha e Brito Antônio de Almeida Soares Portugal Junta Governativa Provisória: Tomás Rubi de Barros Barreto - Manuel de Santa Inês Ferreira - José Carvalho de Andrada - Barros e Alvim • António Álvares da Cunha António Rolim de Moura Tavares Luís de Almeida Silva Mascarenhas Luís de Vasconcelos e Sousa José Luís de Castro Fernando José de Portugal e Castro Marcos de Noronha e Brito

Precedido por
Francisco de Sousa
Governador-geral do Brasil
1602 — 1607
Sucedido por
Diogo de Meneses e Sequeira


Controle de autoridade
  • Wd: Q10266542
  • DBE: diogo-botelho